terça-feira, 15 de julho de 2014

Two-way

Temos uma visão muito limitada acerca da vida. Nos prendemos a algumas verdades e nem se quer nos damos chances de olhar pras outras vertentes. Nascemos, crescemos, escolhemos um caminho e andamos por ele, às vezes os objetivos são traçados antes do primeiro passo, em outras, descobrimos onde queremos ir apenas na estrada. Algumas raras vezes, chegamos até nos permitir a mudar de ideia e traçar novos planos e novas formas de concretizá-los.
Por conta de um enorme cabresto, esquecemos que por trás de tudo, existe algo que tem um enorme poder de mudar tudo, de bagunçar, embaralhar ou até mesmo deixar intacto. Algo que é onipresente e atemporal, algo que é indissociável de qualquer matéria presente na Terra e possui o dom de ser ativo e passivo ao mesmo tempo em relação à esses mesmos seres: O TEMPO.
Uma vez escrevi que o tempo, diferente de que muitos dizem, não tinha o poder de curar feridas, mas, que por sua vez, tinha a delicadeza de tirar o incurável do centro das atenções. Eu estava errada. Por quantas vezes passamos por situações tão difíceis e a acreditamos que nunca vamos superar tais situações? Muitas vezes! Por quantas vezes achamos isso e já superamos? TODAS ELAS! Nada em nossa vida é incurável.A vida é uma estrada e o tempo é a nossa mão dupla!
Geralmente, pessoas angustiadas persistem no caminho da dor, da mágoa, da saudade, da lembrança, da raiva... É preciso perceber que tudo o que se sente pode ser transformado, no caso da morte, por exemplo, a dor pode se transformar em saudade, que coisa mais linda sentir saudade, lembrar com carinho da pessoa que se foi! É PRECISO OLHAR PRO LADO e perceber que a vida nos proporciona um novo caminho, uma mão dupla, e que ao pegar essa mão dupla,  não se pense em perda de tempo ao caminhar alguns quilômetros para trás, pois quando a vida te proporcionar retornos, lembre-se que o caminho já não vai ser o mesmo, a mão pode ser a mesma do início do trajeto, mas o tempo já não é o mesmo e você também já não será mais como era quando passou por aquele caminho pela primeira vez.

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